Friday, November 11, 2016

Parabéns Donald Trump, XLV Presidente dos EUA



As últimas horas foram históricas, ditaram Donald Trump como o novo Presidente dos EUA, venceu claramente em 30 Estados, basta ver o mapa e tirando as "pontas" ele é praticamente vermelho (Estados em que Trump venceu). Antes de mais, quero dizer que não concordo a 100% com Trump, mas era de longe o candidato em quem eu também votaria se fosse americano, e era por ele que estava a torcer. A verdade é que Trump conseguiu o "impossível", ele ganhou contra tudo e todos, o último ano foi vergonhoso para a comunicação social e restantes movimentos esquerdóides, passaram o ano a esculachar sem dó nem piedade Trump, não importa o que ele fizesse ou dissesse, Trump era sempre o alvo a abater, custasse o que custasse, doesse a quem doesse, Hillary tinha de vencer estas eleições a todo o custo diziam a interminável cartilha de iluminados por todo o globo. Para esta gente Trump era a ressurreição do mal, o Anti-Cristo, o profeta do Apocalipse, o homem que iria iniciar a Terceira Guerra Mundial porque acabou-se o chocolate, e sei lá mais o quê. Ao mesmo tempo, Hillary Clinton, que sempre viveu do apelido, está enterrada à anos em processos de corrupção, é investigada pelo FBI, financiou o ISIS, pró-NWO e globalização entre um interminável rol de coisas más, foi pintada como a salvadora dos EUA e como a keeper da paz Mundial. Na verdade daquilo que vi das duas campanhas, a campanha de Hillary juntamente com os seus amigos mediáticos, sempre foi criticar Trump, nunca a vi apresentar ideias ou projectos, mais do que ser a Hillary Clinton, tal como o seu eleitorado, eram apenas anti-Trump, e não pró-Hillary. Trump tem o meu respeito pela sua personalidade, pela sua frontalidade e por ter algumas ideias nas quais me revejo, é anti-globalização, é anti-NWO, é anti-sistema, defende o conceito de Nação-Estado, defende a capitalização da classe operária e criação de empregos nos EUA (algo que Obama prometeu e falhou redondamente), do outro lado da moeda, todos desconhecem quais as ideias de Hillary, pois a única coisa que vi na campanha além dos ataques a Trump, foi que prometeu o apoio dela à Black Lives Matter (escumalha) e que todas as mulheres iam votar nela por ser mulher. Não acredito que Trump seja um John Kennedy ou Ronald Reagan, mas dificilmente não será o melhor Presidente dos EUA pós-Reagan se implementar as suas ideias e promessas. Uma coisa tenho a certeza: será melhor que Obama! E porque digo isto? Porque Obama pura e simplesmente só fez disparates, isto quando não fazia absolutamente nada. Sejamos realistas, Obama foi eleito por ser preto, contando com todos os votos da pretalhada e niggerlovers dos EUA, ajudou à festa ter defrontado dois candidatos ridículos, que de certa forma sofreram um «bullying» mediático por parte dos media, não resistiram e o resultado reflectiu-se nas urnas. O Obamacare foi ridículo, motivo de chacota por todos os EUA, Obama disse que ia acabar com Guantanamo em Cuba, além de não ter feito nada disso, ainda causou a famosa 'Primavera Árabe', causando um êxodo de milhares de muçulmanos a invadirem a Europa, abriu as portas a regimes ditatoriais (Cuba), destruiu centenas de milhares de empregos, a dívida pública dos EUA atingiu o pico máximo histórico, entre outras coisas, afinal porque há quem diga que Obama foi bom Presidente se não fez obra nenhuma? Aliás, há praticamente um ano que Obama deixou de ser Presidente dos EUA para apoiar a candidatura de Hillary Clinton, difamando Trump e fazendo apelos ao voto em Hillary de todas as formas ridículas, a verdade é que ninguém notou a diferença quando ele "deixou" de fazer o papel de Presidente, de tão bom Presidente que ele foi...
O mapa mostra um Sul dos EUA todo vermelho (exceptuando a Califórnia e o Novo México), isto mostra bem o quanto os Sulistas estão saturados da imigração massiva e criminalidade vinda do sul do continente americano, para alguns o tal muro parecia algo ridículo saído de um filme de Hollywood, mas pelos vistos quem «sofre na pele» dá razão a tal «muro», calando muita gente que é contra mas não sente na pele o mesmo. Mais do que Donald Trump ser o novo Presidente dos EUA, foi uma vitória contra o sistema, contra a globalização, contra a NWO, foi um tiro no porta-aviões Rothschild/Rockfeller, e acima de tudo foi uma vitória contra todos os comentadores esquerdóides e jornalecos de pacotilha de quinta categoria, que todos os dias debitam alarvidades como se fossem donos de toda a razão, foi uma derrota do chico-espertismo, da esquerdalha saloia, do niggerlovismo, dos lobbys, de todo o escárnio filho da puta que dedicaram ao homem. Trump venceu o sistema, conseguiu o impossível, está de parabéns por isso. Eu pessoalmente, nestas últimas horas, estou a adorar cada segundo da azia dos esquerdóides e demais ralé, os mesmos gajos que aqui votaram no BE, no Sócrates e no António Costa, dizem que os americanos são burros, adoro ironias, e vocês? :)
Nada de novo portanto, esta mesma esquerdalha é aquela que diz que o povo é soberano e manda, mas parece que é só quando os resultados eleitorais são a favor dos candidatos destes, caso contrário é burro e estúpido...
As coisas estão a mudar, Hungria tem Orbán, Aústria tem um governo Nacionalista, a Polónia se não tem para lá caminha, no Reino Unido optaram pelo Brexit, nos EUA Trump conseguiu o impossível, o próximo passo será a vitória de Marine Le Pen em França, que tão urgentemente precisa de políticas nacionalistas se quiser continuar a existir como a França.
Recordem-se destas últimas 24 horas, porque foi um dia histórico, foi a renovação da esperança e talvez o primeiro grande abalo a este sistema decadente e corrupto vigente.
Now Mister Donald Trump, Make America Great Again!

Sunday, October 30, 2016

Pensionistas versus Classe Operária, Reformas versus Ordenados

Acho impressionante que todos os media, partidos políticos, jornalistas e a maioria da populaça em geral, de certa forma concordarem com os aumentos de pensões aos reformados, acho impressionante que ninguém tenha coragem de meter o dedo na ferida, uns porque não vá falarem contra eles, outros porque têm receio de ofender alguém e não querem levar com uma bengala nos cornos, os partidos porque sabem que grande parte do eleitorado são reformados e caso não os satisfaçam estes irão ser penalizados nas urnas. E mesmo no enorme disparate (a nível económico) que é aumentar as pensões, seria de bom senso aumentar as pensões mais baixas e não as de 5000€, alguém me explica porque raio um reformado que ganha 5000€ de pensão, nas condições económicas actuais precisa de um aumento de pensão? Uns dizem que eu tenho ódio a pensionistas, muito pelo contrário, o que não conseguem perceber é que a situação económica é precária e há prioridades, e neste momento os pensionistas nunca poderiam ser a prioridade. O que acho importante? O aumento dos salários, mínimo e não só! O aumento do salário mínimo é bom, mas apenas para quem ganha o mínimo e caso a inflação se mantenha no mesmo valor ou até mesmo haja deflação (que nunca há, não com estas políticas), então e o gajo que ganha por exemplo 600€? Não é o ordenado mínimo, não irá ser aumentado, mas se a inflação sobe porque o ordenado mínimo subiu, então esse gajo está a ser entalado! Não foi aumentado e vai pagar mais! É por essas e por outras que quando se sobe os ordenados, sendo a coisa bem feita, nunca poderia incidir apenas sobre o ordenado mínimo, pois está a deteriorar a qualidade de vida. E porque se deve subir os ordenados em vez das reformas? Simples, maiores ordenados garantem mais estabilidade, especialmente aos jovens, com mais estabilidade vem maiores taxas de natalidade (que o país bem precisa para inverter o envelhecimento avassalador), com melhores ordenados há mais poder de compra, há mais qualidade de vida, há mais bem-estar, há mais economia a movimentar, há menos desemprego, há ao mesmo tempo mais descontos, porque há mais pessoas a trabalhar e as que trabalham ao ganharem mais descontam mais, ou seja, trata-se de CAPITALIZAR quem mexe a máquina do País, com mais descontos há mais dinheiro em caixa para o Estado, seja através dos descontos maiores seja através da redução do desemprego e das respectivas prestações sociais, ao haver mais fundo de maneio Estatal pode ser proporcionado melhores condições sociais, económicas e de infra-estruturas ao País, inclusive o aumento de reformas se tal for permitido! O que nunca se pode fazer, e que é o que estão a querer fazer e que toda a carneiragem bate palmas, é precisamente o que andam a fazer, aumentar as reformas SACRIFICANDO quem mexe a máquina! Para aumentarem as reformas quem trabalha obrigatoriamente terá de descontar mais, irá ser sufocado para descontar quantias que não irão ser para o seu proveito seja directamente ou indirectamente, em termos económicos, o aumento de reformas é a mesma coisa que fazer uma enorme fogueira e mandar para lá o dinheiro, é investimento sem retorno, por norma a terceira idade não é quem mexe a sério com a economia (só se for a das farmácias e a das agências de viagens no caso dos velhos ricos). Roosevelt capitalizou a máquina operária após o crash dos EUA, Ronald Reagan viria a fazer o mesmo na década de 80 nos EUA, Margaret Tatcher faria o mesmo nos 80's e inícios de 90's no Reino Unido, todos esses Estadistas (entre outros) inverteram as condições económicas ao capitalizarem a 'real working class' como dizem os ingleses, e a partir daí colheram os frutos económicos dessas políticas para ajudarem todas as classes transversalmente conforme a economia o permitisse. Por aqui, em plena bela hoste socialista, faz-se exactamente o oposto daquilo que se devia fazer, uns por ignorância, outros porque vêem na terceira idade um bolo eleitoral, mas ninguém tem coragem de lhes dizer: "Meus amigos, face às condições económicas actuais, vocês não são a prioridade, há outras prioridades mais importantes para o país, quando as condições económicas o permitirem, e caso faça sentido, aí sim, serão aumentados." Custa assim tanto dizer isto, estão com medo do quê? De uma greve de velhos? Que os velhos façam uma revolução? Há sempre os moralistas que dizem "ah eles passaram uma vida a trabalhar, merecem receber uma reforma digna!", até pode ser verdade, mas quem passa uma vida a trabalhar e tenha realmente DESCONTADO os anos de serviço, terá uma reforma, conhecem a expressão em latim 'Dura Lex, Sed Lex'? Significa qualquer coisa como 'a Lei é dura, mas é a Lei', pois deveria de haver algo do género 'a reforma é dura mas é a reforma', há uma coisa que é justa, à partida cada pensionista tem direito a uma reforma em função daquilo que descontou, ponto final. Querem ter reformas altas quando passaram décadas a receber pela porta do cavalo? Só tem o que merece! É essa a verdade que poucos têm coragem de dizer. E se noutras décadas havia trabalho a rodos, já nesta geração a falta de reformas será porque muita gente não tinha realmente trabalho para poder efectuar descontos, e isso sim, é deveras preocupante! Todos falam e querem aumento de reformas, mas é gritante como ninguém tem coragem de falar do quão penalizador isso é para o país, porque ninguém fala em capitalizar a 'working class'?!

http://www.dw.com/pt-br/opini%C3%A3o-thatcher-e-reagan-foram-revolucion%C3%A1rios/a-16738932

Friday, April 4, 2014

Entre o Ego e o Politicamente Correcto: Os "Micro-Ondas"

À uns tempos ouvi uma história no meu local de trabalho acerca do comportamento de um colega numa das suas noites, basicamente toda a gente (menos eu) estava a repreender a atitude do rapaz por ele ter corrido com uma rapariga da casa dele às 4h da matina (na Bela Vista, um bairro pouco recomendável de Lisboa) sem se ralar como ela ficaria em termos de transporte, segurança, etc...

Vamos lá meter os "pontos nos i's":

Uma rapariga "fisgada" no meio da noite Lisboeta por um rapaz, que aceita ir para casa dele, no carro dele, com a gasolina dele, para a casa arrendada dele, paga com o dinheiro do seu trabalho, é óbvio que toda a gente maior de idade e vacinada sabe perfeitamente que estas acções têm a intuição de acontecer algo forte, como sexo, é daquelas coisas que nem é preciso dizer! O que pensava ela que ia fazer? Dar festinhas ao cão? Limpar a casa? Dar comer aos peixes? Não faço ideia...

Após todos os acontecimentos, desde o momento em que se conheceram até ela estar na casa dele, e após todas as paparicações, na altura do "assalto final ao castelo", mediante a recusa dela, o meu colega correu com ela de casa.

Atitude condenável? Para mim não, não só não é condenável, como é algo que ele TINHA DE FAZER! TINHA DE O FAZER! Se ele não o fizesse, tornava-se o bobo da história toda, o tal tipo micro-ondas, o nice guy que elas tanto gostam, mas não fazem nada, e para isso já a maioria dos rapazes é assim. Era a única maneira de manter a sua dignidade após o desfecho, caso contrário ela teria ficado em casa dele, não teria acontecido nada, e a casa paga com o dinheiro do tipo seria o hotel da madame por uma noite...

Se é algo bonito de se fazer? Claramente que não, é algo necessário? É! É aqui que reside a diferença entre os homens a sério e os eternos nice guys, entre a dignidade e a moral aos olhos da sociedade.

Espero que a tipa tenha aprendido a lição, caso contrário arrisca-se a acontecer-lhe o mesmo outra vez ao próximo tipo que "arrebanhar" e que não seja um nice guy, a figura de mulher é sem dúvida bela e merece ser respeitada por todo o universo masculino, mas há limites para tudo, não façam do respeito uma elevação a divindade intocável só por ser uma mulher, façam ela merecer esse estatuto.

Vejo rapazes (e raparigas) com boas vidas, com classe, bons trabalhos, gente que estuda/estudou a sério, trabalha no duro e tudo o mais, e "derretem-se" à primeira boneca que lhes aparece à frente, muitas das vezes uma bimba que não estuda nem trabalha, passa os dias no ginásio a "afinar" o rabo e afins e tem tudo de mão beijada apenas porque tem um bom físico, mas é tudo o que ela tem. Quem vale mais? A pessoa que tem dignidade e faz-se valer ou uma parasita? Fica ao critério de cada um, para mim o primeiro vale tudo, o segundo não vale nada. E é por isso que na história contada acima, a atitude do rapaz é a correcta.

A dignidade é algo difícil de construir e muito fácil de perder.

Thursday, February 20, 2014

Eu fui à Igreja...

19 de Fevereiro de 2014, dia do meu aniversário, foi a primeira vez que entrei numa igreja por livre e espontânea vontade, sem ser em baptizados, casamentos, funerais/velórios, nunca tinha ido a uma igreja, e muito menos sozinho, como foi o caso. Tão pouco pode-se dizer que sou uma pessoa religiosa, não sou propriamente um católico, nem um pagão, nem um ateu, sou o tipo de pessoa que acha que o ser humano é demasiado imbecil para ser a força suprema existente na Terra, só isso...

Para começar, o meu dia de aniversário não é um bom dia para mim, desde a morte do meu avô em 2004, sendo o meu avô a pessoa que eu mais gostava da minha família, praticamente de alguma maneira nunca mais fui o mesmo desde 19 de Fevereiro de 2004, o resto da minha família tenta disfarçar a dor que é esse dia com o facto de ser o meu aniversário, os meus amigos dizem que é lixado mas que não posso deixar de comemorar o meu aniversário apesar desse acontecimento infeliz, opiniões à parte e cada um tem direito à sua, mas o mais importante no meio disto tudo sou eu, ou melhor, como eu me sinto, e a verdade é que não sou uma pessoa hipócrita, não vou comemorar algo com um sorriso falso de lés a lés só para agradar aos outros, eu não tenho razões para comemorar o meu aniversário, não me sinto bem em festejar o que quer que seja nesse dia, é um dia emocionalmente muito conflituoso para mim. Não tenho nada contra quem festeja aniversários, acho que fazem muito bem, mas no meu caso em particular não tenho razões para tal, infelizmente parece que ninguém compreende a minha razão de ser assim no meu aniversário, mas como se costuma dizer: uma coisa é ouvir, outra é sentir na pele. Espero muito sinceramente que as pessoas que eu gosto não sofram o mesmo que eu sofri (e sofro) no seu dia de aniversário, gosto que me dêem razão, mas certos fins não justificam os meios. Gosto que as pessoas se lembrem de mim e me dêem os Parabéns, é sempre bom saber que se lembraram de nós, mas festarolas, jantar fora, copos e afins, no dia 19 de Fevereiro não, nem pensar, é um dia de luto e não de festejo para mim.

Triste com tudo o que me tem acontecido nos últimos meses, estava uma tarde ensolarada, decidi pegar no carro sozinho e fui até Alverca beber um café, o café ficava perto de uma igreja e deu-me na telha ir à igreja, precisava de estar sozinho e em silêncio, mais que isso, precisava de um sítio onde pudesse sofrer psicologicamente em paz, sem ter de disfarçar, sem ter de ouvir observações, sem ser julgado por quem quer que seja, e que sítio melhor do que uma igreja para isso?

Eu ao entrar na igreja lembrei-me que não faço a mínima ideia como se reza, ou como se ora, portanto eu digo que fui lá manifestar os meus votos, nunca li a Bíblia na minha vida, não conheço nenhuma oração, não faço a mínima ideia como "proceder" numa igreja, portanto apenas sentei-me, esfreguei as mãos uma na outra e comecei a pensar alto tudo o que me ia na cabeça, sentia que tinha mil toneladas em cima da cabeça, era um ambiente pesado mas ao mesmo tempo extremamente sossegado.

Lembro-me que fiz votos pelo meu avô, pela mãe da minha ex-namorada (também faleceu num 19 de Fevereiro, à dois anos), pela minha ex-namorada (sim, pela minha ex, apesar de ser a ex eu gosto dela e desejarei sempre que as coisas lhe corram bem), e finalmente, por mim, por nunca me sentir tão perdido e desorientado na minha vida como agora, perder o emprego, perder amigos, perder a namorada e a memória do fatídico dia 19 de Fevereiro de 2004, é algo que me arrasa totalmente, psicologicamente prega-me ao chão com uma enorme violência, são muitas coisas más em pouco tempo, talvez mais do que consigo aguentar, tenho-me agarrado muito ao álcool no último mês, como forma de tentar escapar a tudo isto, é verdade que não resolve problemas, mas fazer algo parece sempre melhor do que não fazer nada, certo?

Quando "caí na real" estava a ouvir fecharem as portas, eram 17h e eu estava lá dentro à meia hora, fiz algo diferente e não me arrependo de o ter feito, talvez aquela igreja seja o meu "muro das lamentações", onde possa lamentar ou o que quer que seja em paz, sem comentários ou julgamentos.

Não contei isto a ninguém, não queria que soubessem deste meu acto, digamos que se perguntarem às pessoas que me conhecem qual os sítios mais improváveis de eu estar, não se admirem de ouvir "numa igreja"...

Lembro-me de uma frase de uma professora do secundário que disse que no fim, depois de todos os assuntos, no "fim da linha", na hora da necessidade, tudo vai parar à religião. Talvez tenha razão, afinal de contas eu entrei numa igreja por me sentir perdido e desorientado, e nunca fui um tipo religioso, aliás sempre abominei a institucionalização das religiões como forma de manipulação de massas, mas também sempre defendi que a fé é algo pessoal e não colectiva.

Por fim, resta-me dizer que não espero milagres nem intervenções divinas, apenas esperança que as coisas comecem a correr melhor na minha vida.

"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam."
          Salmo 23:4






Tuesday, January 21, 2014

Rainha Sem Coroa

Às vezes dou por mim meio perdido
Vejo que não estás comigo
Sinto-me tão sem abrigo
Pensamento é vazio
Na espinha um arrepio
É contigo que eu agasalho o meu frio

Sei, que este amor está condenado
Pois tramado é o passado e não perdoa
Mesmo, que não volte a encontrar-te
hás-de ser sempre a minha Rainha sem Coroa

Lembro-me duns momentos,
Daqueles primeiros tempos
Onde fomos sobrepondo sentimentos
Foi tudo à flor da pele
Agitação do fel ou mel

Foi levantar e acordar no teu céu
Foi, ver a vida em outra escala
De tanto não querer deixá-la abandonou-me
E, só me resta recordá-la
e seguir em frente lembrando o teu nome

Queria, estar contigo mas o tempo não te deixa
Ficar comigo, gosto tanto de te ter
No meu sentido, nunca eu te quis perder
Fica comigo.

Artista: Bezegol
Música: Rainha Sem Coroa

Saturday, January 11, 2014

A Maldição Joana - Parte II

11 de Janeiro de 2014, faz exactamente 3 meses desde o fim do namoro com a Joana. Porque estou eu a falar disto ainda após 3 meses? Porque ainda não me saiu da cabeça, eis o porquê...

Sempre ouvi dizer na gíria, que quando um relacionamento acaba, no início as mulheres sofrem muito mais que os homens, e que com o passar do tempo elas vão sofrendo menos e os homens cada vez mais. Sabem que mais? É uma grande verdade, sem tirar nem pôr, crua e dura, é o que acontece mesmo...

Estupidamente, tenho sofrido muito mais nos últimos dois meses (desde o último post) do que durante o primeiro mês, e o pior de tudo é que é uma sensação tremendamente estúpida, como é possível sofrer-se mais actualmente do que na altura quando o relacionamento acaba? Eu não tenho resposta para isto, juro que não, mas estou a ser 100% honesto sobre os meus sentimentos.

Das poucas vezes que falei com a Joana, nenhuma delas pessoalmente, a conversa era sempre o mesmo padrão: respostas secas e discussões da parte dela, na verdade isto deixa-me muito triste, que é feito da consideração e do respeito? Tudo bem que o relacionamento acabou, apesar de cada um de nós termos opiniões diferentes sobre como a coisa se devia desenrolar, não houve nenhuma guerra propriamente dita, insultos ou ofensas corporais, na verdade nada que justificasse aquele tipo de reacções da parte da Joana, eu sei que ela tem um feitio que faria espécie ao próprio Diabo, mas ainda assim...

Tinha-lhe dito que precisava de falar pessoalmente com ela, à coisa de um mês talvez, ao que ela me tinha respondido que quando fosse possível me dizia, no entanto como eu já sei o que a casa gasta sabia que de vez em quando tinha que lhe fazer um "lembrete" acerca deste assunto, durante a última conversa que tive com ela fez questão de deixar-me bem claro que não tencionava falar comigo, que tinha de a esquecer e "daqui a uns anos quem sabe voltemos a falar", esta atitude, ou melhor, falta dela, da parte da Joana deixou-me um bocado irritado, não a acção em si porque já nada me espanta naquele ser, mas sim porque fez-me recordar que as promessas da Joana duram tanto como manteiga em nariz de cão, como é que é possível que uma miúda tão cheia de atitude como a Joana que eu conheci, e pela qual me apaixonei, se tenha tornado algo com um comportamento tão mesquinho e desprezível?

E como um mal nunca vem só, a má notícia anteriormente escrita veio acompanhada de outra ao mesmo nível, ela disse-me que tinha seguido em frente e que andava a curtir com um rapaz, algures dos lados de Leiria. Isto por si só não tem mal nenhum, mas o que é certo é que eu quando li isso senti-me como se tivessem disparado uma caçadeira à queima-roupa no meu peito, caiu-me muito mal mesmo, fiquei extremamente desanimado, não sei se era porque talvez achasse que algum dia isto voltaria ao rumo normal, se é por gostar dela ainda, não sei mesmo, mas seja como for, fiquei mal com essa "novidade", mas talvez tenha sido uma "terapia de choque" necessária, não no bom sentido claro, mas às vezes há males que vêm por bem, espero que este seja um desses casos.

Tenho de certa forma, evitado sair com os amigos do costume, e por vezes sou criticado por isso claro, mas se eu mesmo já estou farto de me ouvir sobre este assunto, como não estarão os meus amigos? Para andar a ser um frete para mim e para os outros, prefiro abster-me e ficar quieto num canto, onde na pior das hipóteses, só me incomodo a mim mesmo sobre isto. Falei com os meus amigos acerca deste assunto pelo menos uma vez, para saber o que tinham a dizer, qual era a sua opinião sobre isto, mas este é daqueles casos em que ninguém pode fazer nada, depende só de mim, e no fundo eu sei isso, simplesmente estava esperançoso de ouvir uma resposta qualquer que fizesse a diferença ao invés da habitual resposta que a larga maioria me dava, e que eu detesto de morte, o tal "ehpah caga nisso!", pois bem, a parte do "caga nisso" é óbvio que é algo que sei desde o início, que tenho de "cagar nisso", mas o que eu queria saber era se há alguma maneira de ajudar a "cagar nisso", é isso que eu espero de um amigo, não um simples "caga nisso" que podia ter sido vociferado por um bêbado qualquer numa tasca que não me conhece de lado nenhum. Das pessoas com quem falei, só um ou dois me disseram algo que considerei minimamente útil, tudo o resto mais valia estar calado, serve de nota para o futuro, afinal temos de saber que tipo de coisas podemos falar com cada pessoa.

A resposta mais útil que tive, basicamente eram um rol de perguntas, se eu teria mudado algo na minha relação, se eu teria feito algo de outra maneira, uma espécie de retrospectiva mental ao relacionamento, disse que não me mudaria nada, que não teria feito nada de outra maneira porque fiz tudo o que estava ao meu alcance por aquela relação, eu amava (e amo) a Joana, fui feliz com ela, não me arrependo de nada e se o tempo voltasse atrás teria feito tudo da mesma forma porque não me arrependo de nada. Basicamente foi essa a minha resposta, ao que depois me responderam de volta "não precisas de mais nada, acabaste de dar a resposta ao que tu mesmo precisas, tens tudo à tua frente, não te arrependeste da relação, não mudavas nada, fizeste tudo o que podias, foste feliz e aprendeste com a relação, e no fim foi ela que acabou e não tu, infelizmente não estava destinado a resultar, mas a culpa não é tua, mentaliza-te disso e segue em frente". Eu concordo, no entanto é mais fácil falar do que fazer, mas não invalida nem uma única letra.

Escusado será dizer que tenho pensado muito sobre isto desde o sucedido, e talvez por ter sido a minha primeira relação séria, um namoro no verdadeiro sentido, me sinta intrigado com isto, como é que é possível de um momento para o outro, todos os momentos que duas pessoas passaram juntas, tudo o que fizeram, tudo o que disseram, tudo o que pensaram, todos os esforços e sacrifícios, todas as brincadeiras, as apresentações à família, os "amo-te muito", os passeios de mão dada, e tudo o mais que tenha havido, como é que tudo isto de um momento para o outro é como se nunca tivesse existido? É isto que me choca na brutalidade como a Joana me tem respondido quando lhe dizia alguma coisa, como se estivesse a falar com alguém que lhe fez muito mal ou que não tem nenhum passado em comum, é isto que me deixa triste e irritado. Eu comparo este sentimento com uma analogia, a do escritor, suponhamos um escritor que tenha acabado de escrever um livro de centenas ou milhares de páginas, e de repente alguém pega nesse livro e atira-o para uma fogueira sem o escritor poder fazer nada, apenas vê o fogo a queimar as páginas da sua obra, e ao questionar a pessoa que o atirou, ainda ser insultado como se estivesse a fazer algo de mal, ele sabe que escreveu um livro, conhece a sua história, mas sabe que será impossível escrevê-lo de novo, tudo o que resta são as lembranças de um livro que não existe mais. Tal como eu, tudo o que me resta são lembranças de um namoro que já não existe mais...

Desde a última conversa com a Joana, em que ela disse que não queria mais falar comigo, nunca mais lhe disse nada, não por não querer, mas por saber que não é boa ideia, para ser "recebido com duas pedras na mão", não vale a pena.

Tenho mesmo muita pena que tudo isto se tenha desenrolado assim, no entanto é algo que não posso fazer nada, serve-me minimamente de consolo o facto de da minha parte nunca ter desistido da relação e de ter feito tudo quanto me foi possível. A Joana continua bem presente na minha cabeça, todos os dias a quase toda a hora, mas espero que com o tempo isto vá passando e me permita ter de novo o espírito aventureiro que sempre me caracterizou nos últimos anos, afinal se todos ou quase todos os homens passaram por isto, eu não sou assim tão diferente deles para não conseguir superar isto com o tempo. Uma vez li não sei onde, que o que conta é a intensidade dos momentos e não a duração dos mesmos, não podia concordar mais.

E por tudo o que tenho sofrido, continuo a referir-me a todo este assunto como a 'Maldição Joana', sem tirar nem pôr...



Monday, November 11, 2013

A Maldição Joana

Para ser sincero, a palavra 'Maldição' no título deveria estar entre aspas, pois o que vou falar refere-se a um estado de espírito meu, e não a nenhum tipo de bruxedo, voodoo's ou maldições do Antigo Egipto, embora por vezes realmente pareça...

Quem é a Joana? É a minha ex-namorada. Faz precisamente hoje um mês que terminámos o namoro, por decisão dela. Só por isso faz com que isto seja um texto de dor, mas também de reflexão.

Eu sabia que estava a viver uma relação problemática, sabia e senti na pele muitas vezes o feitio irreverente e imprevisível da Joana, sabia que éramos opostos perfeitos em tudo, ideais, gostos, actividades, enfim qualquer coisa que fosse possível fazer estando os dois juntos, era sempre arruinada pelas nossas personalidades opostas. Como é possível ter surgido um relacionamento nestas condições? Havia atracção física e respeito, e é um factor mais que suficiente para nos dar a volta à cabeça retirando-nos muitos momentos de lucidez e raciocínio diversas vezes por dia. Qual o problema então? Não havia ligação mental, aquele gostos das mesmas actividades, das mesmas ideias, dos mesmos temas, dos mesmos gostos, nada de nada, absolutamente zero. Diga-se de passagem que foi essa falta de ligação mental o ceifeiro da minha relação com a Joana.

Apesar de todos os problemas, de saber que estava a jogar contra todas as probabilidades desde o início, apesar da (para mim) infeliz decisão da Joana, a verdade, é que mesmo apesar desse turbilhão de emoções fortes que constituíram o relacionamento, eu fui feliz de 24 de Junho a 11 de Outubro. Muitas vezes pensara que não, mas nunca neguei o que senti e sinto pela Joana, há coisas que não mudam simplesmente.

Costumo usar como explicação a mim mesmo, que sinto-me como Hank Moody da série Californication, isto porque, tal como Hank Moody, apesar das mulheres que passam na vida dele, de todos os episódios divertidos e caricatos, das saídas com os amigos e todos os estímulos que possa usar, a verdade é que o desejo dele é voltar sempre para a ex-mulher. Ele sabe que não é possível ter uma relação normal com ela, sabe que o seu modo de vida boémio e auto-destrutivo não permite uma relação normal e saudável com a pessoa que ama, nunca desiste de tentar fazer com que as coisas resultem, mas a sua natureza entra sempre em choque com a relação que ele pretendia ter, por outras palavras: ele não pode mudar o que é, nem quem é.

Tal como eu, fiz coisas que nunca pensei que ia fazer durante a minha relação para a conseguir manter, na verdade sabia que estava apenas a adiar o inevitável, mas era mais forte que eu, sentia-me obrigado a manter aquela relação, era o que me fazia feliz na altura, e era pela Joana que eu sentia-me atraído.

Mas tal como Hank Moody de Californication, eu não posso mudar o que sou nem quem sou, é esta a minha natureza, nasci assim e morrerei assim, para a minha relação ter ido mais além eu teria de mudar tudo ou quase tudo o que sou, seria algo impossível para mim, algo contra-natura de certa forma, o mesmo se aplica à Joana, ela nunca poderia ser algo que não é, nem eu poderia-lhe pedir isso, nunca pedi.

Serei eu uma versão miniatura de um Hank Moody? Destinado a sofrer sempre com um fantasma do passado ao qual dediquei tudo o que podia e nunca resultou? Uma maldição que me atormenta no presente e futuro? As saídas de amigos parece que perderam o sabor, o trabalho parece inglório, já estive com outras mulheres desde o fim do namoro e tudo o que me vem à cabeça é a Joana.

Hank Moody, amigo, talvez não sejamos assim tão diferentes, ambos demos tudo por algo que não estava destinado a resultar, e pagaremos a factura dessa escolha do passado até ao fim dos nossos dias.

Antes, durante e depois do namoro, toda uma sequência de eventos que evitou isto ou aquilo de acontecer, me levou à Joana, como se uma força superior me tivesse posto uma auto-estrada à minha frente, com apenas um destino e um caminho possível, algo curioso, pois pergunto-me o porquê de ter sido assim, afinal no fim, não resultou... Qual a necessidade de todo este conjunto de eventos? A vida é irónica e dura, não haja dúvida.

A verdade é que desde a Joana, nada parece resultar, seja com outras raparigas, no desfrutar dos pequenos prazeres da vida, de companhias que outrora sempre gozo me deram, é tudo isto uma situação estranha.

Howard Carter parece que despertou a maldição de Tutankamon em 1922, e parece que em 2013 eu despertei a maldição da Joana... bem sei que a culpa não é dela, mas não me lembro de outro nome para dar a tudo isto que tem acontecido desde então...